domingo, 4 de janeiro de 2009

A vida é uma festa.


O que é que acontece quando as flores e o marketing cruzam os seus destinos? Nasce a Bee Ineditus, a empresa de organização de eventos que sabe que a vida é feita de pormenores. As abelhas mestras deste projecto são Cátia Salgueiro de Almeida e Celina Vale, que em conjunto com uma equipa de designers e criativos, organizam todo o tipo de festas, do espaço ao catering, da decoração à animação, dos convites aos transportes. A Bee Child organiza a festa de anos do seu filho num espaço à escolha ou em casa, leva a bolo de aniversário e o catering, os brindes e os animadores. A Bee Corporate trata com todo o profissionalismo dos jantares, congressos, encontros, reuniões e festas de Natal da sua empresa ou marca. A Bee Flower sabe que as flores estão sempre convidadas para os momentos de festa. O seu serviço de arte floral requintado transforma o espaço num lugar onde se vivem todas as sensações de um jardim repleto de flores. A Bee Wedding trata de tudo para que o dia mais importante da sua vida seja inesquecível, da cerimónia civil ou religiosa aos convites, da decoração do espaço às refeições gourmet, da música e animação à reportagem fotográfica. Se quer festejar ou partilhar de forma inédita um momento especial na sua vida, peça o orçamento gratuito à Bee Ineditus.

Rua Saraiva de Carvalho, 209 B 1350.300 Lisboa
T. 210 995 648 geral@beeineditus.pt www.beeineditus.pt
Seg > Sex: 10h >19h30, Sáb: 10h >14h

sábado, 3 de janeiro de 2009

O melhor bacalhau do mundo.


Sabe onde mora o melhor bacalhau do mundo? Importado da Noruega, Islândia e Canadá, o fiel amigo é seleccionado especialmente para a Casa do Bacalhau. Às postas ou inteiro, seco ou congelado, crescido ou graúdo, especial ou jumbo, é o protagonistas de mil e uma receitas e tem o tamanho da sua família. Se também aprecia outros peixes, encontra aqui congelados de alta qualidade como pescada e salmão e ainda marisco como lagosta, sapateira, gambas e mexilhão.


Casa do Bacalhau
Mercado de Campo de Ourique, Loja 45/46
Rua Francisco Metrass
T: 213 978 970
Seg > Sáb: 7h >14h

Tem lógica ser biológico.


Neste mini-mercado situado no grande Mercado de Campo de Ourique, respeitam-se os ciclos da natureza e todos os produtos são certificados. Deixe a pressa à porta e venha escolher os legumes, frutas e carnes, iogurtes de soja, massas, azeites e vinhos, sumos naturais, bolachas, cafés, chás e chocolates que vai levar para casa. Todos estes alimentos de cultura biológica têm algo em comum: sabem bem e fazem melhor. Tem lógica, não tem?


Mundo Biológico
Mercado C. Ourique: Rua Francisco Metrass, Lj.1/2 1350-138 Lisboa
Mercado de S. Bento :
Tlm. 915 195 448 / 915 195 449 www.mundobiologico.pt
Seg > Sáb: 9h > 20h

Viagem a Itália


Na Maria da Fonte saboreia-se uma piadina com salame e ricotta e imaginamos que alguém vai a passar de Vespa. Chegam os ravioli de trufas com salva e acreditamos que o sol apareceu por nossa causa. Pedimos um carpaccio de espadarte fumado com pimento recheado e sentimos a brisa do Mediterrâneo. À volta das palavras os copos guardam o perfume do vinho Moscato e então, pedimos ao tempo que se imobilize como uma estátua de pedra renascentista.


Maria da Fonte
Rua 4 de Infantaria, 8A 1350-271 Lisboa
T. 213 968 201 www.mariadafonte.pt
Ter> Dom:10h >22h

365 dias de good hair days.



Na Look não existem bad hair days. Neste cabeleireiro unisexo os seus cabelos estão em boas mãos e podem mudar de look todos os dias. Hoje, têm caracóis loiros como um anjo e para a semana são ruivos e ondulados como os de uma fada ou negros e brilhantes como os de uma mulher fatal. O alisamento japonês torna obedientes mesmo os cabelos mais ondulados e as extensões em cabelo natural e com todas as cores do arco-íris dão nas vistas. Não admira que à saída alguém lhe pisque o olho do outro lado do espelho.


Look
Rua Francisco Metrass, 105 A 1350 Lisboa
T: 213 840 496
Seg > Sáb: 9h > 19h

Uma fita métrica única no mundo.


Na Ao Centímetro as fotografias dos álbuns não se medem aos centímetros, mas sim em memórias. Os mealheiros em forma de carrinha guardam quilómetros de poupanças. As mantas de lã crescem muitos centímetros nas noites frias e os tecidos com flores medem-se em bom gosto. A Ao Centímetro desenvolve projectos de decoração à medida da sua casa e até descobre centímetros por decorar.

AO CENTÍMETRO
Rua Campo de Ourique, 123A 1350 Lisboa
T: 213 869 125 Tlm: 966 062 535 mariafatimaluis@netcabo.pt
Seg > Sex: 10h >19h, Sáb 10h > 13h

Basta um toque...


As mãos acordam as requintadas peças das Casquinhas do Jardim com um toque. A travessa de forno traz o gratinado de gambas quente para a mesa e o balde de gelo mantém o champanhe fresco para o brinde em família. A jarra é a morada temporária das rosas príncipe negro e as molduras guardam para sempre a fotografia de uma princesa de 15 anos. E porque as mãos também deixam marcas menos felizes, fazem-se restauros, consertos e limpeza das peças.

As Casquinhas do Jardim
Rua 4 de Infantaria, 12 1350-272 Lisboa
T. 213 962 602 F. 213 941 264 www.casquinhas-jardim-d2d.pt
Seg > Sáb:10h >19h30

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Quem está a bater à porta?


Tal como o Inverno, as Galerias São João também batem à porta e são uma visita da casa. As mantas com padrões coloridos ficam na sala a ver televisão enquanto chove lá fora. Os aventais e as pegas dirigem-se para a cozinha e organizam um almoço em família com empadão no forno e bolo de maçã. As toalhas de banho turcas pedem licença para tomar um banho de imersão à luz de velas. Os roupões e pantufas adormecem no quarto e têm um sonho de uma noite de Inverno.

Galerias São João
Rua Coelho da Rocha, 85 A 1350-Lisboa
T. 213 963 226
Seg > Sáb:10h>20h

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Era uma vez uma ervilha...


Era uma vez uma ervilha que saiu da casca para vestir príncipes e princesas. Este Inverno inventou originais modelos com muitas cores, além do verde: vestidos de fazenda, casacos de lã, calções, túnicas de veludo, saias rodadas, meias e pijamas. E porque esta ervilha não quer tirar o sono, também tem mobiliário para quarto como berços e camas, fofos édredons em patchwork e mantas de lã para embalarem sonhos.

Verde Ervilha
Rua Tenente Ferreira Durão, 48 A 1350-317 Lisboa
T. 213 867 141
www.verdeervilha.com
Seg. > Sex: 11h > 19h, Sáb: 10h > 13h

O que vai ela vestir amanhã?


Na Sax as mulheres improvisam a vida, numa dança dos opostos entre a luz do dia e o mistério da noite. Um dia, decidem sair da casca e vestem o vestido preto com um pintainho. Noutro, apetece-lhes jantar sushi e escolhem o vestido amarelo com botões pretos. Numa manhã de Inverno, vestem a gabardine com bolinhas vermelhas e sacodem da sua vida as gotas de chuva e a monotonia. Numa noite de festa, são o centro das atenções com a sua mala original de pele prateada e dourada, que esconde uma vida interior no forro de leopardo. No fim-de-semana, decidem ser românticas e hesitam entre o vestido com flores de crochet e a camisa de veludo com folhos. E assim atravessam os dias do calendário, sem que ninguém saiba o que vão vestir amanhã.

Sax
Rua Coelho da Rocha, 25C 1250-087 Lisboa
Tlm. 919 880 701 sax.atelier@gmail.com
Seg > Sáb: 10h > 19h

Sonhos de uma casa no Inverno


Os tecidos tocam-se com os olhos ou vêem-se com as mãos? Escolhem-se por catálogo ou levam-se por impulso? São medidos em metros de sonho ou de quotidiano? Seja qual for a resposta, neste emblemático espaço do bairro que atrai compradores de toda a cidade, de todo o país e até de países distantes, os rolos de tecido expostos dão mesmo vontade de levar para casa. Aqui encontra sonhos projectados em tecido, vindos dos quatro cantos do mundo para os quatro cantos da casa. São organzas turcas, sedas indianas, linhos ingleses, estampados franceses, tecidos artesanais do Brasil, Grécia e Marrocos e ainda chintz, veludos e damascos. Ao todo, há mais de 3 mil tecidos, com cores e formas inimagináveis, como padrões de zebra, leopardo e tigre, cafeteiras de café, notas musicais, Vespas e Minis, notícias de jornal, banda desenhada, cães de caça, ícones da cultura pop, caracteres orientais, máscaras africanas, cornucópias multicolores, flores douradas, animais de estimação, monumentos históricos, golfe e hipismo, parafusos e pétalas de rosa, cogumelos e marisco, riscas e bolas. É um mundo de possibilidades para vestir de novo as janelas, os sofás, as bergeres, as camas, as chaise-longue, as almofadas e os abat-jours e recriar a personalidade da casa. No Vidal Tecidos, a Vidal Home tem cortinados, mantas ou almofadas já criados em medidas standard. Mas para quem gosta de ter peças únicas no mundo, o Vidal Atelier confecciona cortinas, camilhas, sofás, bergeres, cadeirões, puffs, cabeceiras de cama em duas semanas, resultando numa peça original e manufacturada segundo os mais elevados padrões de qualidade. E para os gostos mais exigentes e requintados, a Vidal Prestige tem uma colecção composta por tecidos das mais prestigiadas marcas do mundo da decoração: Hôgaris, Anne & Robert Swaffer, Accademia Tessile, Kobe ou Tormo & Designers e ainda Benetton, Adolfo Dominguez Casa e Disney Home, três referências no mundo da moda que também se dedicam à decoração. Seja qual for o seu sonho de decoração, ao entrar por esta porta é provável que saia daqui com uma casa nova.

Vidal Tecidos
Rua Saraiva de Carvalho, 356 B e D 1350 – 304 Lisboa
T: 213 931 411
Seg > Sáb: 9h > 19h
www.vidaltecidos.pt

De olhos em bico e pauzinhos na mão


São dezenas de combinações de massa grossa, fina e vegetariana com galinha, camarão, pimentos, rebentos de soja e gengibre. Um menu de sushi com katsu de galinha, maki vegetariano e sashimi de salmão entre muitos outros. E ainda originais pratos de caril e de arroz, cozinhados com milho, salmão, côco, bambu, pepino ou frutos do mar. É um mundo de receitas orientais, na sua versão ocidentalizada, para alimentar o gosto pelo exótico e deliciar a alma.

Nood
Rua Ferreira Borges, 96C 1350 Lisboa
T. 213 879 529
Todos os dias, das 12h > 23h

A casa das palavras



Nesta casa feita de palavras, os escritores e os livros encontram-se mesmo sem terem combinado. “A Viagem do Elefante” de José Saramago cruza-se no corredor com “Pela Estrada Fora” de Jack Kerouac e os poemas de Herberto Helder, Leonard Cohen e Sylvia Plath falam em silêncio à volta da mesa. As “Peças de Teatro Escolhidas” de Ibsen e “O Mecador de Veneza” de Shakespeare ensaiam um diálogo no sofá e Alice, Emma Bovary e Dorian Gray saltam dos livros para a vida. Os livros de street art e graffitis decoram as montras, enquanto Óscar Niemeyer constrói a cidade do futuro. Os livros de Man Ray, Paula Rego e Leonardo da Vinci são vistos ao lado da biografia de Marlon Brando e do catálogo de Manoel de Oliveira. O “Grande Livro do Cão” e “O Pequeno Livro dos Gatos” passeiam pacificamente numa prateleira enquanto Jamie Olivier regressa à cozinha para experimentar novos pratos. Na secção infantil, os robots escutam com atenção as Fábulas de La Fontaine e as aventuras do Homem-Aranha. De vez em quando, ouve-se o barulho do virar das páginas, como se todos os livros tivessem vida nesta casa. Ou não fosse “Books and Living” a assinatura da Bulhosa.

Bulhosa
Rua Tomás da Anunciação, 68 B 1350-330 Lisboa
T. 213 839 000 Seg > Sáb, 10h às 22h e Dom:10h > 18h

Pimenta na língua


Nesta mercearia fina a pimenta é rosa, o chá é verde, as compotas são laranja e o mel é dourado. Mas todos os produtos que habitam as prateleiras são genuínos sabores portugueses, como caixas de chocolates e rebuçados, frascos de compotas e frutos em calda, garrafas de vinho, licores e azeite, conservas de atum, pacotes de biscoitos caseiros e embalagens de chá e café. E se quiser, esta casa portuguesa, com certeza, vai até sua casa criar ambientes, servir jantares e até pôr a mesa.


Pimenta Rosa
Rua Almeida e Sousa, 48 B 1350 Lisboa
T: 213 889 430 Seg > Sáb: 10h > 20h
www.pimentarosa.pt

Quantos sonhos guardam as mãos?


Na Beads todos os seus sonhos ganham forma com as contas de feltro, metal, vidro, madeira, cerâmica ou osso e ainda cordões, fios, arames, fechos e terminais. Atraídas pelo fio da imaginação, levam o coração na mão esquerda pousado num anel e colhem uma flor na pulseira da mão direita. Trazem um pássaro à volta do pescoço, esvoaçando num colar e libertam uma borboleta que deixa cair um segredo num brinco.

Beads
Rua 4 de Infantaria, 30 B 1350-122 Lisboa
T. /F. 213 888 089 www.beads.pt
Seg > Sáb: 10h > 19h

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O bairro que é uma cidade

É o bairro que nos habita ou somos nós que o habitamos? Neste bairro que é uma cidade em todos os sentidos, a rua principal é sempre ao virar da esquina. Em Campo de Ourique há 1,63 km2 de compras que dão vontade de inventar pés e partir à descoberta das lojas onde o Inverno se veste, almoça, compra livros, toma café, decora a casa e sonha. Os presentes originais fazem o coração flutuar e os embrulhos têm a forma de um abraço. Nas casas com cachet, que as imobiliárias do bairro conhecem como ninguém, a luz bate à porta. No Jardim da Parada apetece falar com as árvores centenárias e explicar-lhes que as pessoas também têm raízes. No parque infantil o vento sacode o riso das crianças entre as árvores que sossegam a pressa da cidade. As livrarias convidam a passear entre as estantes e conversar com os escritores e com os livros, esquecendo o mundo lá fora. Uma mão cheia de galerias de arte contemporânea desafia o olhar subjectivo. As esquinas do bairro marcam os mais imprevisíveis encontros e a única idade das ruas é o agora. Nos cafés e esplanadas, os poemas e conversas, e-mails e chats acabam em segredo. Neste bairro embrulhado em papel pelo Campo de Ourique Shopping, as 588 moradas úteis revelam espaços que assim abandonam a sua transparência e dão um sentido especial à vida.

As setas que indicam por onde ir também acertam no coração. Por onde vamos? Apetece não acrescentar a última frase e deixar outras mãos escrevê-la.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Lançamento de 'Efeito Borboleta'


(clicar na imagem para aumentar)

Efeito Borboleta e outras histórias, um livro de contos curtos de José Mário Silva, editado pela Oficina do Livro, será lançado amanhã, sexta-feira, pelas 18h30, na Casa Fernando Pessoa. António Mega Ferreira apresenta a obra.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ninguém vive sem Optimus


Eu precisei de uma segunda via do meu cartão Optimus e de um novo telemóvel. E tu, de que é que precisas? O modelo Samsung J200 tem videochamadas, para que possas ver com quem falas. O Nokia N95 tem mobile tv, para que possas asssitir às meias finais do Campeonato da Europa onde quer que estejas. O Motorola K 1 tem leitor de mp3, para que as tuas músicas preferidas te inspirem e te sigam como uma sombra. O Sony Ericsson K320i tem câmara fotográfica, para que as imagens dos rostos que amas não vivam apenas na tua memória. Porque ninguém vive sem palavras e sem emoções.


Optimus
Rua da Infantaria 16, 58 1350 Lisboa
Tlm: 932 880 150
Seg>Sex: 9h30 >14h e 15h >19h, Sáb: 9h30 >13h

Memória do telemóvel, do cartão ou do coração?

Deixei a minha vida no táxi, pensei e sorri de forma visível perante a indiferença da cidade apressada, enquanto apanhava outro táxi, mas não o meu telemóvel, de regresso a Campo de Ourique. Talvez seja um sinal para começar uma vida nova, apenas com os números que sei de cor (par coeur, dizem os franceses e não deve ser por acaso). 6 números que tocam o meu coração e que o meu coração toca com as pontas dos dedos, sempre que os escolho e organizo, sem hesitar.
Já na Optimus, eis o que se passou: Precisei de uma 2ª via (que a bem dizer já deve ser a quinta ou sexta) e tive-a em menos de 3 minutos. Comprei um novo telemóvel da marca antiga, na esperança de encontrar um menu parecido e recuperei os meus ouvidos. Fiquei automaticamente contactável, apesar de quase não poder contactar, mas eis que duas chamadas (de números que nunca saberia identificar) e outras tantas mensagens me fizeram acreditar que recuperei a voz e que finalmente a cidade apressada me ouviu e até falou comigo. E tomei uma decisão. É desta que vou escrever todos os números que recuperar com a minha mão esquerda na agenda preta. Mas não os vou decorar. O novo telemóvel que os guarde no seu coração mecânico, alfabético, ordenado e incapaz de lamentar uma perda.
Quanto aos 6 números que sei de cor, com receio de que algo falhe na memória do meu coração, decidi guardá-los disfarçadamente nas letras M, G, R, A, V e J. Não vá um dia deixar o meu coração num táxi.

Deixei a minha vida no táxi

Deixei a minha vida no táxi, gritei em surdina perante a indiferença da cidade apressada, enquanto os meus passos descompassados se afastavam cada vez mais do automóvel preto e verde, cada um de nós seguindo caminhos opostos na grande avenida. Deixei os meus contactos profissionais no táxi, gritei um pouco mais alto, na esperança de que a multidão anónima se comovesse mais com um desaire laboral do que com uma crise existencial, à medida que o ténue fio de esperança de recuperar o objecto que parecia materializar a minha vida se tornava invisível. Apetecia-me telefonar a alguém e dizer: "É como se me tivesse esquecido de um pulmão, de um pé ou de um pedaço de pele no banco de trás do táxi. E também de um fragmento do meu coração. Perdi as longas horas de conversas ao ouvido, as cicatrizes de pequenos e recorrentes acidentes domésticos, as sms que nunca tive coragem de apagar, a companhia silenciosa no bolso das calças de ganga, o despertador de todas as horas. E cada letra recordada por ordem não alfabética faz-me ver melhor tudo o que perdi. C de consultórios médicos. V de veterinários. G de gráficas, E o J, tantos nomes e números. Como apanhar um táxi sem o R de rádio táxis? E o Z de um velho professor e amigo? Cada letra (à excepção do K e do O) trazem novos indícios de perdas". Terminada esta chamada imaginária e logo que apanhei um telefone à mão, comecei a ligar para mim, como se fosse um outro e confesso que tive alguma dificuldade em alinhar à primeira e sem hesitações o meu número. Não atendi. Nunca atendi. O telemóvel perdido não podia ser uma parte de mim, conclui.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A noite dança numa chávena de chá


O chá não tem a altivez do vinho, o individualismo consciente do café ou a inocência sorridente do cacau. No entanto, representa um universo misterioso, a que apetece acrescentar poesia. Para explicar a origem destas mágicas folhas, uma história Zen conta que um dia, meditando junto a uma árvore, Buda adormeceu vencido pelo cansaço. Retomando a consciência, cortou as suas pálpebras e atirou-as para longe, para impedir que a sonolência se apoderasse dele de novo durante a meditação. Lançadas ao solo, as pálpebras deram origem à planta do chá, que impede de adormecer. Na Confraria do Chá, a senha para entrar é “chá”. Aqui e de olhos bem abertos, pode descobrir o Chá da China, do Japão, da Índia, de África e ler nomes irresistíveis nos rótulos das grandes latas alinhadas nas prateleiras, como Dança da Noite, Sombra da Lua, Noite do Oriente, Jardim do Éden, Histórias de Encantar e Chá dos Deuses, todos eles vendidos com conta, peso e medida. Neste espaço encontra ainda todos os acessórios ligados ao culto do chá, como infusores, bules, chaleiras, chávenas e geleias de chá, que vão deixar os seus olhos em bico.


Confraria do Chá
Rua Coelho da Rocha, 99 A 1350 Lisboa
Tlm: 963 362 608
Seg > Sex: 9h > 13h e 14h >19h, Sáb: 9h > 14h

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O nosso menu & a sua vida


Já sabe o que vai escolher? Um batido de manga com uma fatia de bolo brigadeiro & um e-mail de amor no seu portátil? Um chá branco com canela e melão para dois, scones com compota & uma tarde de conversa com a sua maior amiga? Uma tosta com frango, banana e queijo, duas fatias de bolo de bolacha, três sumos naturais de kiwi, maçã e abacaxi & a revisão para o exame de matemática? Uma tosta mista de pão caseiro, um café Bonbom com leite condensado & a leitura de um romance? Uma Coca Cola Light com muito limão e algum gelo, duas sanduiches de atum & um encontro com alguém que faz parte do seu coração? Venha ao Cofffee & Tea combinar o menu exclusivo com a sua vida original e única.

Coffee & Tea
Rua Azedo Gneco, 74B 1350-039 Lisboa
Tlm: 918 484 276 / 964 561 085
Seg.> Sex: 8h > 21h, Sáb. e Feriados: 9h >19h

domingo, 22 de junho de 2008

Os dias têm grandes olhos redondos



Na Trempe, tal como no Alentejo, os dias têm grandes olhos redondos como pratos onde apetece experimentar, com todo o tempo do mundo, a ementa variada. Para começar, a saladinha de tomate picado com oregãos, o pão, o queijinho no forno com oregãos, o bacalhau grelhado, o caldo de cação, o cozido de grão, a perdiz estufada, o secreto de porco preto ou o entrecosto na grelha. Para terminar, a irresistível sericaia caseira ou o toucinho do céu, sempre acompanhados de excelentes vinhos da região e servidos com um sorriso no rosto.

A Trempe
Rua Coelho da Rocha, 11/13 1250 Lisboa
T. / F. 213 909 118
Seg > Sáb.: 8h > 24h

sábado, 21 de junho de 2008

Quem disse que Campo de Ourique tinha problemas de estacionamento?



Campo de Ourique é um bairro que tem um charme único e posiciona-se como um verdadeiro centro comercial ao ar livre, onde é cada vez mais atraente fazer compras, passear, viver ou trabalhar. O problema do estacionamento automóvel é uma realidade comum a todos os grandes centros urbanos e Campo de Ourique não podia ser excepção. Felizmente, o bairro dispõe de um amplo parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 470 lugares, propriedade da Emparque, mesmo junto à Igreja de Santo Condestável. Aberto 24 horas por dia e com acessos pela Igreja de Santo Condestável e pela Rua Saraiva de Carvalho, está sempre disposto a receber o seu automóvel de braços abertos. E ele não podia ficar em melhor companhia, já que no último piso, verdadeiras relíquias automóveis como Jaguares, Porsches e Ferraris pertencentes aos sócios do Grupo D. Elvira, descansam entre dois passeios. Se é morador do bairro, dispõe de avenças mensais diurnas, nocturnas ou de 24 horas. Se é visitante do bairro, pode estacionar aqui durante o tempo que precisar e percorrer a pé as ruas planas do bairro, sem preocupações com o estacionamento. E isto não é tudo. Numa iniciativa original e no âmbito do projecto europeu Mob Qua – Mobilité dans les Quartier – a Câmara Municipal de Lisboa, a Emparque e o Campo de Ourique Shopping editaram um mapa detalhado do bairro, com a indicação das quase 90 lojas que oferecem o estacionamento gratuito no parque aos seus clientes que fizerem compras num valor superior a 25 €. Da próxima vez que visitar Campo de Ourique, não se esqueça. Deixe o seu automóvel a descansar no parque e parta à descoberta das lojas do bairro. E se fizer compras, o mais provável é, à saída do parque, não pagar nada.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A melhor amiga para imitar.



Todas temos uma amiga que gostamos de imitar. A sua chama-se Maria Missanga e basta olhar para ela para saber o que está na moda. Este Verão, ela usa esvoaçantes vestidos com flores amarelas, rosa e azuis e muitas pulseiras coloridas a enfeitar os braços. Nos pés traz sandálias de cortiça azul pavão ou amarelo mostarda e na mão segura grandes malas em vinil e pequenos porta-moedas coloridos. Um caleidoscópio de cores em forma de colares e anéis enfeita o seu pescoço e as suas mãos. E porque a temperatura vai subir, o seu corpo começa a revelar-se com biquínis que levam as cores do paraíso para a praia. Se quer andar na moda, imite-a. Temos a certeza de que ela não se vai importar.

Maria Missanga
Rua da Infantaria 16, 58 B 1350 Lisboa
T. 212 434 520
Seg. a Sáb, 10h às 19h

O passado é um lugar (quase) perfeito.



Enquanto vive na nossa memória, uma música não passa de moda. O vinil dos Beach Boys é a banda sonora de umas férias inesquecíveis e a voz de Chico Buarque traz de volta um amor de Verão. Na Past Perfect, todas as músicas pertencem ao presente e podem ser ouvidas neste espaço especializado ou encontradas no site, entre os mais de 700 mil títulos importados on-line, do rock alternativo ou progressivo aos blues, do garage rock à música popular brasileira. E se procura com nostalgia uma música que marcou a sua vida, a Past Perfect encontra-a para si.

Past Perfect
Rua Sampaio Bruno, 39, 2º 1350-282 Lisboa
T: 213 870 035
www.pastperfect.com.pt
Seg>Seg:10h> 13h e 14h30>19h, Sáb:10h30 >12h

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Afinal, de que tamanho é o peixe que o pai pescou?


Quem quer provar o soufflé de peixe da mãe ponha o dedo no ar. Na Geneviève Lethu os pratos azuis turquesa e as travessas em forma de peixe cheiram a mar e inspiram uma refeição em família. O serviço Pasyphaé em tons de verde ou azuis é a prova de que o paraíso existe. O exotismo da vida selvagem cabe numa cesta de piquenique e os coloridos copos de batidos e gelados aumentam com os risos à beira da piscina. As toalhas suaves parecem nuvens distraídas e o Verão desenrola-se à mesa, com os coloridos guardanapos e a luz do sol que imita uma laranja por descascar.

Geneviève Lethu
Rua 4 de Infantaria, 20C 1350-272 Lisboa
T: 213 869 060
Seg > Sáb, 10h > 19h30

sábado, 14 de junho de 2008

A matéria dos sonhos



O que sonhas de olhos abertos? Queres ser princesa de um reino mágico onde as paredes inventam enormes flores rosa e as cadeiras têm coroas? Gostavas de ser astronauta para conquistar o teu espaço e ter foguetões puxadores mesmo ao alcance da mão? Imaginas-te um marinheiro embalado por aventuras num édredon azul, enquanto o farol do candeeiro indica o caminho? Durante o dia, os quartos da Cristiana Resina são a materialização dos sonhos dos mais pequenos. Até que a noite entra, sem pedir licença. E aí, apetece tirar uma estrela do céu e escondê-la na gaveta dos brinquedos debaixo da cama, para iluminar os sonhos do dia seguinte.

Cristiana Resina
Rua Saraiva de Carvalho, 32B 1250-244 Lisboa
www.cristianaresina.com
T. 213 950 319 Tlm. 917 424 801
Ter>Sex: 10h>13h30 e 14h30>19h, Sáb:10h>13h30

"As ruas sem o seu vestido ficam nuas."


Terão sido as roupas da Simple que inspiraram o carioca Chico Buarque a cantar: “as ruas sem o seu vestido ficam nuas”? Todas as peças desta loja novinha em folha falam brasileiro e pertencem a marcas conceituadas que desfilam no Fashion Rio. E porque as temperaturas altas pedem tons quentes e luminosos, a loja vestiu-se com túnicas com cores tropicais, vestidos de padrões geométricos, calções minimais e saias extravagantes. Tudo para que se transforme numa verdadeira garota de Ipanema nas ruas da cidade. E se é homem, não fique com inveja: a Simple já tem um pequeno espaço com
t-shirts, calças de ganga, bonés e calções de banho dedicado a si.

Simple
Rua Tomás da Anunciação, 60 1350-328 Lisboa
Tlm: 965 277 277
Seg > Sex: 10h >14h 30, 15h30 >19h, Sáb:10h > 14h

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Nascido a 13 de Junho



Não raras vezes, as hipóteses mais fantásticas nascem de uma pergunta simples, quase infantil: o que aconteceria se...? E como somente aos poetas todas as coisas parecem acontecer, apetece perguntar: o que aconteceria se Fernando Pessoa, o mais famoso morador do bairro, vivesse hoje em Campo de Ourique? Entre a irrealidade da sua vida quotidiana e a realidade das suas ficções, onde o levariam os seus passos? Que espaços frequentaria? A esplanada do Canas seria o cenário perfeito para escrever uma carta de amor a Ofélia, entre uma bica e um folhado? Faria uma paragem na agência de viagens Paragens, para comprar um bilhete de avião para visitar o seu amigo Mário de Sá-Carneiro em Paris? Passaria pelo Pereira’s para escolher uma gabardine preta exactamente igual à última? Encomendaria na Livraria Ler ao livreiro Luís Alves as obras “Máximas e Reflexões Morais” de La Rochefoucauld e “A Lisboa de Fernando Pessoa”, de Marina Tavares Dias?
Enquanto estivesse a fazer a barba no Costa Cabeleireiros, pediria a Álvaro de Campos que procurasse as “Folhas de Erva” de Walt Whitman na Bulhosa? Entraria no João Lopes Iluminação para comprar um candeeiro de design minimal para iluminar a sua mesa de trabalho, enquanto o futurista Álvaro de Campos se deslumbraria com o último modelo de portáteis na Selec? Ricardo Reis, o epicurista triste, iria consertar o seu relógio de bolso no Lugar do Tempo? O bucólico Alberto Caeiro falaria com as árvores e os melros do Jardim da Parada, aguardando a chegada de Bernardo Soares já com um Moleskine comprado na Oficina do Papel no bolso? Compraria o indispensável tabaco e o jornal do dia no Sonho da Teresa e faria um exame oftalmológico na Multiópticas, para escolher novas lentes com que olhar o mundo? Atravessaria a Rua Coelho da Rocha para entrar no Raio de Sol, a loja de produtos esotéricos onde poderia alimentar o seu gosto pelas ciências ocultas e horóscopos? Ao cair da noite, marcaria um jantar solitário na familiar Trempe, para saborear secretos de lombo de porco preto na companhia de vinho tinto?
Tantas perguntas sem resposta. Falta apenas uma: e se o poeta estivesse neste momento a responder-lhes em silêncio, no quadro de Almada Negreiros que habita as paredes da sua casa transformada em museu?

sábado, 31 de maio de 2008

O bairro que se ama

Os amores não se explicam. Sentem-se, vivem-se e declaram-se.
Na década de 70, o designer norte-americano Milton Glaser criou um dos símbolos mais conhecidos e copiados de sempre: I love NY. Ensinou-nos que se pode amar uma cidade como quem ama uma pessoa e inspirou-nos a descobrir uma forma de traduzir o amor que o bairro de Campo de Ourique desperta nos moradores e visitantes: I love CO. Cada coração tem as suas razões para amar Campo de Ourique e elas podem ligar-se umas às outras, como as batidas apaixonadas de um electrocardiograma imaginário. Eu amo Campo de Ourique porque o bairro, apesar do seu tamanho, parece caber inteiro num abraço. Tu amas Campo de Ourique porque as pessoas se conhecem pelo nome. Ela ama Campo de Ourique porque da janela da sua casa vê uma igreja que ainda não emudeceu. Ele ama Campo de Ourique porque o bairro tem uma película de luz que aproxima as coisas dos seus nomes. Nós amamos Campo de Ourique porque as ruas estão repletas de histórias e algumas pertencem-nos. Vocês amam Campo de Ourique porque aqui mora um poeta em cada pessoa. Eles amam Campo de Ourique porque o bairro encena o diálogo perfeito entre o tradicional e o contemporâneo, como se usasse dois relógios com fusos diferentes no pulso. Mas há muito mais: as ruas que acordam antes de nós, as lojas originais que escolhem o bairro para existir, o riso das crianças no parque infantil, as árvores do jardim carregadas de tempo como se fossem pássaros (como se o tempo tivesse, no mesmo corpo, raízes e asas), os rostos familiares que se encontram ao virar da esquina e as tardes nas esplanadas com a ilusão de um tempo que sabe a eternidade, à semelhança de um grande amor.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Com o bairro na lapela

O guia Campo de Ourique Shopping leva a peito o amor pelo bairro. Com os pins originais, disponíveis em algumas lojas, os leitores podem seguir o exemplo.

terça-feira, 18 de março de 2008

Entre o real e o imaginário



"O jogo é o atributo por excelência da criança. Tal como a obra de arte, é um objecto material, que serve de passagem entre o real e o imaginário"

Marie-Laure Bernadac


Cinco em linha

Alice nunca tinha visto um coelho com relógio.
Eu nunca tinha visto Alice por um binóculo.

"View-Master", o brinquedo vermelho, oferecia a magia das imagens na palma da mão.
Cada disco circular tinha 14 janelinhas quadradas.
Em cada disco circular, 7 imagens coloridas e tridimensionais.
A Alice e o Coelho, mas também a Rainha, o gato listrado, o bule de chá.

Com as duas mãos juntas e os dedos curvados, formo um binóculo.
Encosto os meus olhos, fecho-os e espreito para dentro, como Alice.
Vejo desfilar muitas janelinhas quadradas.
O prego, o rapa, o pião, o ábaco, o carrinho de linhas, o botão, a pulga, a bicicleta.
E também o monopólio, o loto, a caixa de sementes, o mikado, o lego, o realejo…

Transporto comigo um óculo sofisticado.
"Máquina fotográfica digital", o brinquedo quadrado, oferece a magia das imagens na palma da mão. Consegue armazenar mais de 1000, coloridas e tridimensionais.
Com ele recolho e selecciono as peças do próximo jogo:
Um caleidoscópio de muitas histórias e momentos, como contas…

Podia-se chamar "Jogo da Memória". Ou "Jogo da Pintura". Ou "Jogo dos Quadrados". Ou mesmo "Jogo da Pintura da Memória dos Quadrados ".
Contém 100 pequenas peças quadradas.
Coloridas e tridimensionais.
Em conjuntos de cinco, em linha.


Vanda Vilela, 2008

Desfiladeiro

Num período particularmente importante da história da União Europeia – com o novo alargamento das fronteiras e onde vagas maciças de imigrantes continuam diariamente a entrar, numa busca por melhores condições de vida no interior deste espaço geo-económico – conceitos como os de Integração/Exclusão são de novo chamados à “primeira página” dos noticiários e colocados em confronto com os de Território/Fronteira. Esta situação leva a equacionar que tipo de Europa desejamos e que relação procuramos estabelecer com os imigrantes que, a maior parte das vezes, nos são estranhos, podendo surgir como diferentes e ameaçadores.
Foi este o pretexto para a criação desta instalação inédita que agora apresento na Galeria Pedro Serrenho.
Trata-se de uma obra concebida para um “espaço específico" onde é abordada a problemática das migrações. O título “Desfiladeiro” surgiu como um reforço da ideia e como contextualização da minha posição sobre o assunto. Posição que é também evocada através da referência ao território da UE, não por ser a migração um problema que diz respeito apenas a esta parte do mundo, mas por ser este o local – privilegiado, por que não dizê-lo – onde me encontro e a partir dele o questiono, me questiono.

Carlos No, 2008


A Exposição de Pintura e Instalação, intitulada “Cinco em Linha” da artista: Vanda Vilela e a Instalação intitulada “Desfiladeiro” do artista Carlos No fazem parte da iniciativa LISBOARTE e estarão patentes até ao dia 3 de Maio de 2008, de Terça a Sábado das 11h às 20 horas.

Galeria Pedro Serrenho – Arte Contemporânea
Rua Almeida e Sousa nº 21 A Lisboa

sexta-feira, 14 de março de 2008

Quem Pássaros Receia, Milho Não Semeia


Quem Pássaros Receia, Milho Não Semeia, 2007
(Milho, pipocas, corante alimentar, sementes, arroz)
C-print, 40x60 cm, Ed. 3 + 1 PA

Dalila Gonçalves
Tempus Fugit
12 Março – 19 Abril
Visita orientada pela artista Sábado 5 de Abril às 17h


Tempus Fugit é a primeira exposição individual de Dalila Gonçalves (Castelo de Paiva, 1982, licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto em 2005, começou a exibir o seu trabalho em 2002 e desde então tem participado em numerosas exposições colectivas) que propõe a estruturação de dois núcleos de trabalho. A mostra de um núcleo de fotografias constitui uma reunião de registos essenciais no acompanhamento do processo de criação das intervenções realizadas recentemente em espaços públicos. Através destes registos, torna-se possível construir uma linha de memórias indispensáveis ao entendimento real das intervenções, permitindo que permaneçam como testemunhos únicos de momentos que ficaram retidos no manifesto da acção.
Num outro núcleo, a exposição de desenhos ganha contornos muito precisos de um trabalho directo executado pela artista; trata-se de uma série de desenhos em tinta-da-china inscritos num movimento de autonomia plástica que, muito embora, não quebrem com as premissas conceptuais delineadas no universo da intervenção. Tal como pequenas janelas de intersecção sobre um filme, estes desenhos são, num diálogo algo sublime entre a utopia e a realidade, perspectivas momentâneas e pontuais de um movimento que, contínuo ou descontínuo, se desenvolve procurando a ligação cíclica entre edificação e desmoronamento.
Dalila Gonçalves tem estabelecido para o seu trabalho uma linha de pesquisa que assenta, em larga escala, na pertinência da memória e, neste sentido, na valorização que ela assume dentro de todo um processo narrativo. A fotografia (e o desenho) é tomada como instrumento de registo que o vai assinalando desde a concepção, passando pela construção, por estados de alteração até à conclusão. Ironicamente, a fantasmagoria de um momento efémero fica suspensa na visibilidade objectiva de uma imagem. O momento passa e fica a possibilidade de o recordar. E é nesta flexibilidade da memória que por um lado se fixa mas que, por outro, facilmente circula veiculada numa imagem, que se estrutura um jogo de contradições deveras pertinente para este trabalho. Partindo da discussão de Alexandre Herculano sobre os monumentos, Dalila Gonçalves explora continuamente a ideia de que um monumento, outrora entendido com outras conformidades e resistências, é sobretudo um significante de memória e, por conseguinte, a imagem pode na contemporaneidade ser percepcionada como tal.

Caroline Pagès Gallery
Rua Tenente Ferreira Durão, 12 – 1º Dto.
1350-315 Lisboa
Tel. 21 387 33 76 / Tm. 91 679 56 97
gallery@carolinepages.com www.carolinepages.com
De 2ª a 4, das 12h às 17h, 5ª e 6ª, das 12h às 20h, Sábados das 15h às 20h e por marcação.

domingo, 9 de março de 2008

Nenhum lugar exacto

Em que esquina combinas dia-tal-às-tantas-horas, perguntas. E respondes, pela mesma mão esquerda (o lado do coração), que as esquinas são quase todas iguais – caminhos de trabalho, rastilhos de desejo, uma peça perdida do puzzle do acaso, um mapa de olhos fechados. Basta pensar nas ruas como se fossem veias, dizes, costurando um espaço em branco, uma esquina com nomes ainda por inventar. Artérias, não dizemos as artérias da cidade?

sexta-feira, 7 de março de 2008

Stop e pára o bairro


O Stop do Bairro é uma daquelas ordens a que se obedece com todo o gosto Afinal, quem pode resistir à morcela frita com ananás, ao caril de gambas, aos linguadinhos fritos com açorda, à fumegante cabidela, ao arroz de pato e ao pernil de cabrito feitos pela D. Rosa? Ou aos doces conventuais, ao cheesecake e ao arroz doce e a uma garrafeira de fazer inveja a muitos enófilos? Neste ambiente acolhedor habitado pelo sorriso do Sr. João a ordem é: Stop e pára o bairro.

Stop do Bairro
Rua Tenente Ferreira Durão, 55A 1350-Lisboa
T. 213 888 856
Terça>Dom: almoços e jantares

quinta-feira, 6 de março de 2008

Tocados pelos dedos do sol


Neste espaço de degustação viaja-se pelos mais deliciosos sabores mediterrânicos. Aqui, os gourmets começam por deambular pelas tábuas de queijos, presuntos e enchidos, continuam com as saladas, massas e doces e navegam num excelente vinho. Quando dão por isso, viajaram por Itália, Grécia, França, Espanha e Portugal. Na esplanada, à mesa ou em casa, a Maria da Fonte propõe combinações originais para que fique a conhecer melhor os frutos das terras que o sol toca.

Maria da Fonte
Rua 4 de Infantaria, 8 A 1350-271 Lisboa
Tel: 213 968 2 01
www.mariadafonte.pt info@mariadafonte.pt
Ter > Sáb, 8h>22h e Dom >10h às 22h

terça-feira, 4 de março de 2008

Na casa das máquinas de imaginar


Se a Bulhosa abre todos os dias as suas portas, os livros que habitam este espaço recebem os leitores de braços abertos.
Os livros de fotografia de Sebastião Salgado, Saudek e Annie Leibovitz apresentam pessoas que nunca viram e a colecção de cinema por décadas projecta imagens e diálogos do Nosferatu ao Pulp Fiction. Os livros de design escandinavo e cubano e os guias de viagens de Tóquio e Sidney levam por percursos imaginários e as personagens do teatro de Shakespeare, Brecht, Ibsen e Sarah Kane saltam das folhas dos livros para o palco da vida. Os livros de Paula Rego, Picasso e Frida Kahlo transformam-se em museus portáteis e as receitas de Jamie Oliver e Vítor Sobral espalham irresistíveis aromas no ar. Os livros de Frank Ghery e a Bienal de Arquitectura edificam novos conhecimentos e os livros esotéricos de Osho e Dalai Lama deitam por terra todas as ilusões. A poesia de Fernando Pessoa e Alexandre O’Neill convoca o prazer solitário da leitura e os romances de Paul Auster, José Saramago e Marguerite Yourcenar deixam escutar a voz de autores consagrados. Os livros infantis sobre dinossauros e robots fazem as crianças abrir os olhos de espanto e os contos como Alice no Pais das Maravilhas ou Pinóquio dão-lhes vontade de sonhar de olhos abertos. Afinal, não são os livros máquinas de imaginar?


Bulhosa
Rua Tomás da Anunciação, 68 B 1350-330 Lisboa
T. 213 839 000 Seg >Sáb, 10h às 22h, Dom, 10h > 18h
C.C. Amoreiras, Lj 1129 T. 213 812 250/4
Campo Grande T: 217 994 194/9
Twin Towers T: 217 221 074/9

Esconde-me em teus braços por esta noite


Assim, dá vontade de ser criança toda a vida. As paredes do quarto expulsaram a monotonia e têm colinas verdes com casinhas cor de rosa ou um mar muito azul com peixes e um farol vermelho. As almofadas ganham a forma de cães e girafas e partilham sonhos coloridos. As arcas de madeira ensinam jogos de palavras e os poufs com números dão uma pequena aula de matemática. Os abat-jours têm carrinhos para iluminar os dias mais cinzentos ou carneirinhos para contar e adormecer na noite que nasce. E na hora de dormir, a cama de madeira repete baixinho o sonho de todas as crianças: esconde-me em teus braços por esta noite.

Cristiana Resina
Rua Saraiva de Carvalho, 32B 1250-244 Lisboa
www.cristianaresina.com
T. 213 950 319 Tlm. 917 424 801
Ter>Sex,10h>13h30 e 14h30>19h e Sáb>10h>13h30

domingo, 2 de março de 2008

Tratado de paz


Ao domingo, Campo de Ourique respira fundo, vai à missa, dorme a sesta, folheia jornais e revistas. Ao domingo, o bairro saboreia a inutilidade preguiçosa e faz planos para os dias úteis que se avizinham. Ao domingo, Campo de Ourique almoça fora cá dentro, namorisca pelo jardim, espreita montras, recolhe-se nas casas acolhedoras, de janelas abertas. Às vezes, ao domingo, espreita outros bairros e, ao entardecer, regressa com um sorriso – sabe que não há outro igual.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Contas contadas, a beleza é uma criação



As pulseiras de corais e os anéis em madre-pérola emprestam beleza aos gestos quotidianos. Os colares de pedras semi-preciosas juntam numa dança ametistas, coralinas, jade e quartzo e abraçam o pescoço. As pedras cintilantes dos brincos não provocam alergias e fazem lembrar diamantes. Os anéis de formatos geométricos roxos e turquesa ondulam com os movimentos da mão. E contas contadas, tudo isto custa muito menos do que imagina.

Contas Contadas
Rua Luís Derouet, 20E 1250-153 Lisboa
T. 210 131 352 contascontadas@clix.pt
Seg > Sex: 11h > 19h, Sáb: 10h > 13h

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Andar na moda do pé para a mão


Na Pé de Pato, os mais pequenos ficam na moda do pé para a mão com as galochas com morcegos e morangos. As meninas batem o pé quando experimentam as bailarinas de tecido e em veludo com flores. Os meninos entram com o pé direito na escola com os sapatos de atacadores em cabedal e camurça. As meninas vêm bem onde põem os pés.com os coloridos ganchos e fitas de cabelo. E todos querem pôr os pés nas irresistíveis pantufas de criança e adulto, que prometem mimos para os pés.

Pé de Pato
Praça Afonso do Paço, 2A 1350-001 Lisboa
Tel.: 213 947 304
Seg>Sáb:10h> 19h

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O Raio de Sol ilumina o caminho



Se a sorte é metade de tudo, a outra metade encontra-se no Raio de Sol. Aqui, os girassóis indicam o caminho da alegria e os amuletos afastam os dias cinzentos. O Buda com a fonte luminosa inspira pensamentos serenos e as velas e os santos acendem a chama da fé. Os incensos atraem o amor e os negócios e as pedras dos signos dão sorte na vida. Os elefantes indianos são o símbolo do conhecimento e os olhos turcos protegem o destino. Os banhos de limpeza libertam o passado, as cartas do Tarot explicam o presente e a conceituada vidente Fátima lê o futuro.

Raio de Sol
Rua Coelho da Rocha, 17 1250-087 Lisboa
T. 213 960 499 Tlm. 968 136 536
raio.sol@netcabo.pt
Ter>Sex:10h>19h, Sáb: 10h>14h

A par e passo com os mais pequenos


Não são apenas as crianças que crescem. A Pé de Roupa deu alguns passos e mudou-se para uma casa maior, para acompanhar cada vez melhor a vida do seu bebé. Com a Pé de Roupa, o seu bebé tem os primeiros dente de leite com um baby-grow rosa. Começa a andar com uns sapatinhos castanhos de atacadores e aprende a dizer mamã e papá com uns calções de veludo. Começa a falar com o espelho com um vestido às flores rodado e brinca à chuva com uma gabardine e galochas às flores. E um dia, descobre que aprendeu a crescer com a Pé de Roupa.

Pé de Roupa
Rua Tomás de Anunciação, 5B 1350-321 Lisboa
T. 309 947 498
Seg >Sex: 10h>19h30, Sáb: 10h>19h
Rua Rodrigo da Fonseca, 25 1250-Lisboa
T: 213 889 072
Seg > Sex: 12h >19h
www.pederoupa.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As mãos sentem-se felizes na Beads


Aqui, encontram todos os acessórios para dar forma à imaginação, como contas de feltro, metal, vidro, madeira, cerâmica ou osso e ainda canutilhos, cordões, fios, arames, fechos e terminais. As contas de vidro formam flores que não murcham. As contas de cerâmica e feltro convocam cores e expressam humores. As penas roxas e turquesa voam livres numa criação original. Os corações de metal vivem perto do coração que se emociona com tanta beleza.

Beads
Rua 4 de Infantaria, 30 B 1350-122 Lisboa
T. /F. 213 888 089 www.beads.pt
Seg > Sáb, 10h > 19h

Quantas vidas tem um gato?



Aqui, os gatos têm vida própria. Os gatos pretos e brancos dos calendários e agendas contam pacientemente o passar do tempo. Os gatos orientais dos aventais e luvas de cozinha preparam um saboroso sushi. Os gatos com as cores do arco.íris marcam a página a preto e branco em que a leitura foi interrompida. Os gatos enroscados das caixas de comprimidos dão saúde aos donos. Os gatos ruivos das almofadas dormem descansados enquanto decoram o sofá da sala. A Hello Kitty dá que falar com as suas malas e colares e as latas do Chat Noir inspiram chás e poemas.

Gatos & Gatafunhos
Rua Coelho da Rocha, 85B 1350-073 Lisboa
T./ F. 213 965 442
www.gatosgatafunhos.com
Seg>Sáb: 10h>19h

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Janelas com vista sobre a cidade



Se as janelas são um elemento decisivo numa casa, as Janelas de Lisboa são uma ajuda preciosa para a sua compra. Nas acolhedoras instalações das Janelas de Lisboa, pode tomar com todo o conhecimento e calma aquela que é, provavelmente, a decisão mais importante da sua vida: a compra ou venda de casa. As Janelas de Lisboa são os olhos que procuram a casa da sua vida, por si e para si, exclusivamente em zonas nobres de Lisboa. Casas com cachet e repletas de memórias em Campo de Ourique, na Lapa, Estrela, Rato, Príncipe Real, Amoreiras, Restelo e Avenidas Novas. Mas também empreendimentos recem-construídos nestas zonas históricas, com garagem e piscina, onde poderá escrever a sua história na primeira pessoa e em primeiro lugar. As Janelas de Lisboa vendem e alugam casas e escritórios, resolvem todas as burocracias e tratam de toda a documentação por si. Venha às Janelas de Lisboa abrir um novo horizonte na sua vida e conhecer a casa com que sempre sonhou.

Janelas de Lisboa
Rua Almeida e Sousa, 14 A/B, 1250-065 Lisboa
Tel: 213 829 861 Tlm: 91 910 12 81 Fax: 213 829 862

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Maria Pinheiro, Goumi



Maria Pinheiro licenciou-se na Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva e tem participado em importantes projectos na área do Design de Interiores. Há 3 anos transformou uma antiga mercearia neste atelier de decoração com um novo conceito de design de mobiliário, onde o cliente é o protagonista. Aqui, as suas ideias transformam-se em peças concretas de mobiliário para decorar a casa ou um espaço comercial. O cliente escolhe o tecido, a cor, a textura e a Goumi faz o resto. Já imaginou ter em casa um candeeiro sonhado por si, um pouf esboçado pela sua mão ou uma chaise longue com um tecido original? Ou transformar a sua fotografia preferida num quadro para o quarto dos seus filhos? E que tal vestir as paredes da sala com papel de parede inspirado nos anos 70 ou atrever-se a criar, com a ajuda da Goumi, um móvel vanguardista nascido na sua imaginação?

Goumi
Rua da Páscoa, 87 1250-178 Lisboa
Tlm. 965 760 135
Seg > Sáb, 10h > 19h

Gestos que falam por si



Na Simples Gestos há embrulhos que valem por um abraço e laços de organza que abraçam um presente que não se pode comprar. Há requintados convites para um casamento que promete chegar às bodas de ouro e ementas, marcadores de mesa e missais que deixam todos os presentes com vontade de dar o nó. Há originais convites para o baptizado dos gémeos recém-nascidos e tudo o que precisa para decorar a festa de anos surpresa da sua amiga de toda a vida. E porque nada substitui os seus gestos únicos, a Simples Gestos organiza workshops onde as suas mãos vão aprender a dar forma ao coração e cor à emoção.

Simples Gestos
Rua Domingos Sequeira, 11C 1350-119 Lisboa
Tlm.918 987 297
simplesgestos@gmail.com
Seg>Sex: 10h>13h e 14h>19h, Sáb:10 h>13h

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

No País da Wonder



A Wonder é mesmo um Pais das Maravilhas onde os olhos se abrem de espanto. As t-shirts irreverentes expressam estados de espírito e fazem declarações ao mundo. Os sacos SMS são personalizados com mensagens escritas e os aventais têm cafeteiras entornadas ou uma embalagem de detergente estampada no bolso. E porque o amor é cego, o nome da cara metade vem escrito em Braille numa placa de prata. E como muitas vezes acaba, há um anel em origami para relacionamentos temporários. As telas impressas com ilustrações têm sentido de humor e os maços de notas de 500 euros dão vontade de comprar tudo isto.

Wonder
Rua Silva Carvalho, 78/80 1250-256 Lisboa
T. 213 570 941
www.wonder.com.pt
Seg>Sab:12h>20h